3 de abril de 2011

Génese d' Os Lusíadas

No início do século XVI, Portugal era dono de metade do mundo e tinha um império obtido através do esforço colectivo de todo um povo. Por isso mesmo, alguns autores como Garcia Resende e António Ferreira chamaram a atenção para a urgência da imortalização dos gloriosos feitos praticados pelos portugueses. Urgia a criação de uma epopeia que cantasse ao povo português e glorificasse os seus feitos.
Por outro lado, o facto do Renascimento e do classicismo serem as correntes ideológicas da época, contribuía para a necessidade para que se criasse uma epopeia, de forma a fazer renascer o género épico de Homero e Virgílio.
Muitos autores tentaram, em vão, a criação da tão desejada epopeia.
Contudo, Camões vai, com engenho e arte, escrever a epopeia que todos desejavam ter escrito, que surge da convergência de duas necessidades, a de fazer renascer o género épico e a de cantar os feitos heróicos dos portugueses, imortalizando-os, perpetuando a sua memória.
A grandeza de Portugal viria a terminar com a batalha de Alcácer-Quibir onde o jovem rei de Portugal, D. Sebastião fora morto, caindo sobre Portugal uma grave crise de sucessão. Esta crise é resolvida com a subida ao trono de Filipe II de Espanha (o primeiro de três reis espanhóis). Privado de uma politica externa e envolvido na guerra com Espanha e Holanda, o império português começa a definhar perdendo também o monopólio do comércio no Índico. Portugal apenas teria a sua independência de volta em 1 de Dezembro de 1640.

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